Adeus Barriga

EU FUI GORDO 24 ANOS. QUER CONTINUAR SENDO?

A Tireóide

Dificuldades na reposição do hormônio da tireóide

 
Parece simples, tomar um comprimido em jejum para o resto da vida! Essa é a única orientação dada aos portadores de hipotireoidismo, a doença caracterizada pela baixa na produção da tiroxina, ou hormônio tireoideano. O hormônio sintético é perfeito. Tem um preço razoável, é idêntico ao produzido pela tireóide humana, não precisa ser injetável como é o caso da insulina, é tomado apenas uma vez ao dia, logo que se acorda; para as mulheres, pode-se engravidar usando a medicação e também amamentar. À medida que a glândula tireóide vai perdendo sua capacidade de secretar a tiroxina, as doses de reposição devem atender a demanda progressiva do hormônio e essa fase tem a duração de cerca de um a dois anos. A partir de então, a doença se estabiliza.

É muito fácil tratar o hipotireoidismo, mas em uma pequena parcela de pacientes, a dose hormonal de reposição sobe e desce à medida que oscilam os testes laboratoriais, deixando médicos e pacientes muito aflitos e inseguros com o vai e vem das dosagens. Há várias explicações para o fato e os pacientes devem estar cientes delas, para que consigam fazer uso de doses adequadas de tiroxina.

As principais causas das indesejadas oscilações dos hormônios tireoideanos são a irregularidade na tomada diária do medicamento ou o seu uso próximo ao café da manhã ou junto com qualquer alimento. Além disso, doenças gastrintestinais como gastrites e intolerância ao glúten e à lactose e medicamentos que interferem na absorção e metabolismo do remédio podem interferir na adequação das doses de reposição. 

É muito comum encontrarmos pacientes que vinham bem compensados com uma dose fixa de hormônio sintético durante anos, que passam a ter oscilações em seus exames durante o uso de sulfato ferroso para tratamento de um quadro de anemia, ou que passaram a tomar omeprazol ou outro protetor gástrico para tratamento de gastrite. 

Algumas situações fisiológicas requerem um ajuste precoce das doses da tiroxina, entre elas, a gestação é, sem dúvida, a mais comum. Faz-se necessário o ajuste precoce da dose do hormônio sintético, uma vez que nos primeiros meses de vida o feto depende exclusivamente do hormônio tireoideano materno. A infância e a puberdade são outras condições fisiológicas de maior necessidade hormonal. Ao contrário, com o envelhecimento, essas necessidades reduzem progressivamente. 

Entre as condições patológicas, a obesidade em pacientes com hipotireoidismo pode acarretar aumento das necessidades do hormônio tireoideano. É comum que tenhamos que reajustar as dosagens de tiroxina nesses pacientes. Vale a pena explicar nesses casos, que não foi o hipotireoidismo a causa da obesidade. Pelo contrário, foi o ganho de peso que agravou o hipotireoidismo. 

A dosagem dos hormônios tireoideanos não requer o jejum de 12 horas, sendo necessárias apenas 3 horas sem se alimentar. Entretanto, é muito comum o fato das pessoas tomarem o hormônio sintético minutos antes de irem para o laboratório fazer sua coleta de sangue. Isso geralmente resulta em resultados superestimados dos valores dos hormônios tireoideanos. Assim, o melhor a fazer é ir ao laboratório em jejum, mesmo sem a necessidade estrita dele e só depois da coleta, tomar o medicamento.

 (Não sei se sabem, mas esta glandula assim como todo o nosso corpo é regido por células e estas precisam estar equilibradas, a Nutrição ideal nos mantém fora destes e de outros problemas parecidos, a OMS informa, 75% das consultas médicas ao redor do mundo deria evitada se os pacientes tivecem uma boa nutrição ou uma nutrição devidamente suplementada. )

CITEN – Centro Integrado de Terapia Nutricional

22/08/2010 Posted by | Alimentação, Informação, Saúde, Sem categoria | | Deixe um comentário